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SaLiPI 2015: palestras e mesas de domingo trazem aspectos da Tanatologia

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Última atualização em Domingo, 24 de Março de 2019, 16h17

A Comissão de Tanatologia do Conselho Regional de Psicologia coordenou as palestras e mesas-redondas realizadas neste domingo (07) no SaLiPI. Pela manhã, foi promovida a mesa redonda sobre como falar de morte para criança, adolescente e idoso. A atividade foi coordenada pela psicóloga Érica Jamilla e teve a participação das psicólogas Lísia Mendonça, Marcela Silva e Patrícia Moreira; a médica pediatra Luisa Ivete; e a pedagoga Francisca Cardoso.

A psicóloga Érica Jamilla destacou a importância do diálogo sobre a morte

Segundo a psicóloga Érica Jamilla, para a criança a morte não existe e pode ser reversível, já o adolescente tende a pensar que a morte existe para os outros e não para ele, mas o adulto já tem a percepção de que a morte existe tanto para os outros quanto para ele. "É importante passar a informação, essa comunicação é difícil, especialmente para os pais que têm vínculos com as crianças e adolescentes, mas é importante que seja falado, porque o não dito vai se manifestar mais na frente e isso pode desenvolver um luto complicado", esclareceu.

Segundo a psicóloga Patrícia Moreira, a discussão sobre a morte ainda é um tabu

A psicóloga Patrícia Moreira declarou que ainda existe um receio em falar sobre a morte, o que acaba sendo um desafio para a discussão da temática. "As pessoas ainda têm mitos como o de que se falar de morte atrai a morte, que há um processo de contaminação e empurram o tema para a clandestinidade. Não queremos que se converse sobre morte todo dia, mas precisamos em algum momento ter essa discussão, seja em casa, na universidade, em que espaço for, é preciso e importante conversar. Por exemplo, o suicídio é algo que a gente interdita, se nos aproximarmos mais do tema, quando alguns fatos acontecem não seriam tão impactantes como é", afirmou.

A programação da tarde continuou abordando temas relacionados às crianças com acompanhamento psicológico. As psicólogas Ana Silva e Mara Layana ministraram a palestra O método Friends; e as professora Nadja Carvalho e Jéssica Eulálio apresentaram a Importância da Yoga nas escolas.

Psicólogos Kalyna Lima e F. Kaio Rodrigues falaram da junção da psicologia com o teatro 

Foi realizada ainda a palestra Teatro Terapêutico com os psicólogos Kalyna Lima e F. Kaio Rodrigues, que também é ator. Segundo Kalyna Lima, essa modalidade terapêutica é feita em grupo e utiliza o teatro e a psicologia como forma de intervenção. "Essa atividade tem o intuito de estimular várias habilidades, como no âmbito afetivo, motor e intelectual do sujeito para que a criança tenha uma vida o mais funcional, o mais produtiva possível nesse meio", esclareceu.

O psicólogo e ator F. Kaio Rodrigues explicou que a escolha do teatro se justifica pelo poder transformador dessa arte. "A humanidade já vinha nesse caminho de interpretar para mostrar as suas angústias e felicidades. O teatro terapêutico junto com essa criança vai trabalhar a oralidade, capacidade de improvisação, criatividade, desenvolvimento de um vocabulário, despertar o interesse pela leitura e, com isso, a gente vai trabalhando vários outros aspectos, como emocionais, habilidade social e físicos, porque o teatro tem essa parte do corpo que fala diante de determinadas situações", declarou.

A programação terá ainda a mesa redonda Comissão de Tanotologia do Conselho Regional de Psicologia e a palestra Tanatologia: Educação para a morte e valorização à vida, com a psicóloga e tanatologista Conceição Castelo Branco.

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