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UFPI impulsiona internacionalização com Programa de Bolsas de Estágio Doutoral no exterior

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Última atualização em Quinta, 15 de Fevereiro de 2024, 15h28

Com o objetivo de fomentar o intercâmbio científico e garantir a qualificação acadêmica de discentes brasileiros, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), por meio do Programa Institucional de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE), tem expandido cada vez mais as oportunidades de estudo e pesquisa no exterior, engajado com o Plano de Internacionalização da Universidade Federal do Piauí (UFPI).

O trabalho de levar a UFPI à internacionalização tem sido feito pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG), juntamente com as coordenações dos programas. O objetivo é conscientizar os alunos da importância da experiência, e de se envolver nos projetos da universidade. Com o apoio do reitor Gildásio Guedes, foi custeada a aplicação do TOEFL, exame usado para avaliar a capacidade de comunicação em inglês de pessoas que não tem a língua como idioma nativo, assim como o curso preparatório para os candidatos, realizado por meio da Assessoria Internacional da UFPI, a Assinter, tendo à frente a professora Juliana Paz

As bolsas de estágio em pesquisa de doutorado no exterior, ofertadas pelo programa, possuem duração de seis meses no prazo máximo, e três meses no mínimo e promovem a chance para atualização de conhecimentos técnicos e científicos, além de ampliar o acesso da comunidade acadêmica brasileira aos centros internacionais de excelência.

Pró-Reitora de Pós-Graduação, Regilda Moreira-Araújo

O crescimento das vagas ofertadas desde 2020 tem sido exponencial, a Pró-Reitora e membra do comitê de assessoramento da PRPG, Profa Regilda Saraiva dos Reis Moreira-Araújo, explica: “No edital 19/2020 foram feitas 3 inscrições no Sicapes (Sistema Integrado CAPES), sendo concedido 2 bolsas. Seguindo a trilha do crescimento, no edital 10/2022, seis inscrições foram realizadas, sendo 3 bolsas concedidas aos alunos de doutorado. O interesse pela oportunidade que o programa oferece aumentou ainda mais e em 2023 foram lançados 2 editais, o primeiro, edital 44, teve onze inscrições homologadas pela PRPG no Sicapes, sendo seis bolsas concedidas pela CAPES para os alunos que conseguiram a pontuação exigida pelo TOEFL. No segundo edital, seleção 2023/2024, tivemos o total de dezesseis inscrições e foram 16 bolsas concedidas aos estudantes”.

Fonte: SICAPES, 2024

Alunos e orientadores compartilham suas experiências 

Segundo a Pró-Reitora Regilda Moreira-Araújo, a experiência do intercâmbio é extremamente enriquecedora, mergulhar em uma cultura diferente, observar e absorver costumes de um outro povo é um divisor de águas na vida do estudante, além de agregar um grande valor ao currículo. “Programas como o PDSE são de extrema relevância na construção da internacionalização da universidade; além disso, o trabalho desenvolvido pela Pró-Reitoria auxilia o aluno durante sua caminhada até o intercâmbio, e nas dificuldades que ele possa enfrentar durante o processo”, enfatiza.

Israel Noletto e seu orientador Prof. Sebastião Lopes

Israel Noleto, doutorado em Letras, foi um dos contemplados com a bolsa do PDSE, no edital 19/2020, para a Universidade de Nottingham, na Inglaterra, e conta que, apesar das dificuldades que teve, reconhece o programa de internacionalização da universidade e o PDSE como pilares essenciais para promover um treinamento acadêmico globalizado. “Prepara os estudantes para enfrentar desafios além das fronteiras, enriquecendo o ambiente acadêmico com diversas perspectivas. Em programas assim, o estudante tem a oportunidade de experimentar um ambiente acadêmico bem diferente, e isso proporciona um amadurecimento sem igual”, afirma.

O intercâmbio oferece a oportunidade de se desenvolver e abrir novas portas. “Desempenhou um papel crucial em minha formação enquanto acadêmico. Saí da universidade anfitriã com um livro engatilhado em uma grande editora britânica e este ano estou publicando mais um com outra grande editora britânica. Tive a oportunidade de trabalhar com uma das maiores autoridades mundiais na área da estilística. Também este ano, estou criando um curso de especialização seguindo o modelo dos cursos ofertados pela Universidade de Nottingham”, relata Israel Noleto.

A visão dos orientadores não é diferente dos que vivenciaram, como estudantes, a experiência do intercâmbio. Para o professor do Centro de Tecnologia da UFPI, Anderson de Oliveira Lobo, os projetos de internacionalização poderão deixar o Brasil competitivo em termos de ciência, tecnologia e inovação no cenário mundial. “Poderemos ter um aprendizado com centros de liderança mundial (caso da Harvard University) para que sejam aplicados e aperfeiçoados no Brasil”, destaca.

Gustavo Fernandes e seu orientador Prof. Anderson Lobo

Programas como o PDSE proporcionam outras formas de se viver e relacionar-se com as pessoas ao seu redor. São novas técnicas, equipamentos e formas de se produzir o conhecimento. Essa é a visão de Gustavo Fernandes de Sousa, doutorando em Ciência e Engenharia de Materiais, selecionado pelo edital 03/2023, e orientando do professor Anderson Lobo. Ele ainda pontua a importância de um bom networking adquirido ao se conviver com outros pesquisadores que futuramente poderão ocupar cargos na academia ou indústria e poderão se tornar colaboradores em projetos de cooperação internacional. “Muitos editais de fomento dos quais os pesquisadores precisam concorrer para financiar suas pesquisas exige essa experiência internacional, tornando assim um ponto chave na formação de qualquer pós-graduando” relata.

O trabalho da Pró-Reitoria é de fundamental importância para os estudantes que sonham em conquistar a bolsa do PDSE, como é o caso do doutorando em Educação Francisco Marcos Pereira Soares, que juntamente com a sua orientadora professora Antônia Edna Brito conseguiu sua vaga em 2023. 

Francisco Marcos e sua orientadora Profª Antonia Edna

O estudante não conseguiu atingir a pontuação necessária no teste de proficiência, mas isso não o desanimou. “Propus a um colega do programa, que também estava no processo, para falarmos com a Pró-Reitora de Pós-Graduação da UFPI, Dra. Regilda, para que tentássemos com a CAPES a concessão da nossa bolsa, uma vez que nosso projeto era para a Universidade de Coimbra, e lá não precisaríamos do inglês fluente para o desenvolvimento de nossas atividades. A professora Regilda nos acolheu com muito afeto e nos encorajou a escrevermos cartas para a presidência da CAPES tratando de nosso caso e que as regras do edital fossem mudadas.” conta Francisco. Com relação ao exame de proficiência a demanda da UFPI era realidade semelhante de outras instituições, portanto após a homologação das inscrições pela CAPES, no final do ano de 2023, o edital do programa finalmente teve mudanças em suas regras, e o doutorando recebeu com muita alegria a notícia de que não era mais necessário apresentar o certificado de fluência em língua inglesa para alunos que iriam realizar o doutorado sanduíche em outros países, desde que o orientador estrangeiro aceitasse. “Nossa alegria foi enorme. Em novembro, a CAPES publicou o edital já com as novas regras e fiz minha inscrição. Fui aprovado e tive a minha inscrição homologada na PRPG/UFPI e agora, no final de janeiro de 2024, recebi, com enorme alegria, a carta da CAPES aprovando minha bolsa no exterior,” conclui.

O crescimento do interesse dos doutorandos pelo programa mostra a capacidade da instituição em se manter sólida no objetivo de aprimorar cada vez mais as experiências de seus acadêmicos nos projetos de pesquisa. Nos aspectos relacionais, no processo de desenvolvimento de pesquisa, o orientador tem um trabalho complexo. “O papel do orientador, na minha acepção, é de provocador, de co-participação no desenvolvimento das pesquisas e de mediador nas relações do pós-graduando com o saber e com os envolvidos em sua investigação, no sentido de mobilizar o orientando para o compromisso ético com a pesquisa, com a produção e a socialização do conhecimento científico,” explica a professora Antônia Edna Brito, vinculada ao Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino e ao Programa de Pós-Graduação em Educação. Para a professora, a pesquisa é fundamental para a produção de conhecimentos, e para intervir na perspectiva de transformar a realidade.

Os estudantes regularmente matriculados em cursos de doutorado no Brasil, com nota igual ou superior a quatro na última Avaliação Quadrienal da Capes, poderão realizar parte do curso em instituição no exterior, com a obrigação de retornar ao Brasil após a finalização da bolsa.

Para ser beneficiado com a bolsa, o discente precisa ter em mãos a declaração de reconhecimento de fluência linguística e comprovar a qualificação para usufruir da oportunidade de aprofundamento teórico no exterior, além de não possuir título de doutor em qualquer área do conhecimento no momento da inscrição.

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