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Especial mulheres na Engenharia: Projetos que promovem a equidade

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Última atualização em Quarta, 27 de Março de 2024, 18h18

O Centro de Tecnologia (CT) além de contar com os projetos “Protagonistas - Mulheres na Engenharia de Produção”, “Mulheres na Engenharia: o Despertar começa na escola” e “Projeto Athena”, também conta com outros desse mesmo segmento, os quais abordam a luta pela equidade de gênero e oportunidades para as mulheres nas Engenharias.

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Professoras e alunos integrantes do projeto “Cajuínas Makers”

O projeto “Cajuínas Makers” busca estimular sobretudo as estudantes a estarem conectadas com a manufatura aditiva, área que possui carência de profissionais. Tatianny Soares, professora doutora do curso de Engenharia de Materiais do CT e coordenadora da iniciativa, conta a sua influência na formação das estudantes.

“Além de proporcionar às alunas um contato direto com temas intimamente ligados à sua formação profissional, buscamos garantir que sua qualificação esteja em pé de igualdade com qualquer grande centro das demais regiões do país. Essa ação busca desconstruir o pensamento de que um determinado assunto tem gênero, sendo exclusivamente masculino e não aplicável a ambos os profissionais”, afirma.

A equidade de gênero é uma questão que precisa ser abordada principalmente na área tecnológica, onde o índice de mulheres tem crescido, mas ainda existem desafios que precisam ser enfrentados e superados. Nesse sentido, o CT conta com projetos de pesquisa que analisam essa temática, os quais são desenvolvidos em parceria pelas professoras doutoras Luciana Barbosa e Mayra Fernandes, ambas integrantes da RBMC (Rede Brasileira de Mulheres Cientistas), iniciativa que busca a pró-equidade de gêneros na área.

Um desses projetos, denominado “Equidade no processo de formação em Engenharia Elétrica e Mecânica: um estudo de caso em uma IES pública do Piauí”, analisa o desempenho de mulheres engenheiras durante o processo de formação na graduação. Luciana Barbosa, professora doutora do Departamento de Recursos Hídricos, Geotecnia e Saneamento Ambiental do CT e coordenadora do programa, discorre acerca da sua relevância.

“É importante primeiramente ressaltar que a equidade de gênero deve incluir também classe, raça, etnia e diversidade sexual. Com a diversidade de pensamentos e ideias acredita-se que os problemas serão sanados mais facilmente. Além disso, temos o ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) 5 que trata desse tema e nos desafia a alcançar a equidade até 2030. Com isso, precisamos conhecer em que cenário estamos inseridos no CT em relação aos discentes de Engenharia. Eu fui estimulada pela professora Mayra e aderi imediatamente, pois tenho como propósito de vida lutar para que todas as mulheridades tenham seus direitos garantidos”, esclarece.

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Professoras Luciana e Mayra com seus discentes participantes, Wennyo Lima e Elívia Emanuelly

 

Mayra Fernandes é professora doutora do Departamento de Recursos Hídricos, Geotecnia e Saneamento Ambiental do CT e coordenadora do projeto de pesquisa "Análise da atuação das engenheiras civis no mercado de trabalho da cidade de Teresina". Essa iniciativa visa obter um panorama sobre a equidade no mercado de trabalho local, o cenário da liderança feminina na Engenharia Civil e as políticas públicas desse setor para promoção da equidade na profissão. A docente fala sobre como sua experiência no processo de graduação a influenciou a coordenar esse projeto de pesquisa.

“Os motivos que me levaram a ter interesse por projetos nessa temática são pelo fato de pesquisar e atuar na área da Sustentabilidade com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (sendo o ODS 5 um deles), atrelado ao fato ser Engenheira (Agrônoma e de Segurança do Trabalho). E, quando discente sofri discriminação pelo fato de ser mulher e estar no universo da engenharia. Isso me fez querer entender o cenário atual e promover ações, pautadas nesses diagnósticos, que promovam a equidade nas engenharias”, disserta.

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Elívia Emanuelly, participante voluntária

 

Elívia Emanuelly Mendes, estudante de Engenharia Civil e bolsista voluntária do projeto "Análise da atuação das engenheiras civis no mercado de trabalho da cidade de Teresina", compartilha sobre como ele impactou positivamente sua experiência de formação.

“Quando escolhi a Engenharia Civil, já sabia das dificuldades que teria por ser mulher em um curso de exatas. Mas ao começar a pesquisar sobre o assunto no ICV (Programa de Iniciação Científica Voluntária), me aprofundei sobre o tema e pude ter um olhar mais apurado sobre essa questão e as diversas nuances que a presença da mulher tem no campo de trabalho. De certa forma, com esse projeto também estou podendo ver minha posição no futuro como uma engenheira. Pois a cada mulher que ocupa um cargo de gestão, que gerencia uma obra, por exemplo, impacta àquela e outras realidades, trazendo mudanças e inspirando outras jovens. Então, me vejo também nessa responsabilidade de desde a graduação buscar formas de trazer e discutir equidade de gênero, seja na pesquisa que estou fazendo sobre o tema ou de outras formas”, conclui.

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