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Estudantes de Comunicação Social da UFPI produzem campanha sobre o respeito nas redes sociais

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Última atualização em Domingo, 24 de Março de 2019, 16h17

Oito estudantes do 5º período do curso de Comunicação Social/Jornalismo, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), criaram a campanha "Digite Respeito", numa busca pela conscientização do uso correto e saudável das redes sociais.  A partir da análise de alguns comentários e publicações, o propósito é fomentar o uso da internet de maneira mais humanizada, indo na contramão, por exemplo, de discursos de ódio, racistas, misóginos e intolerantes comumente disseminados por essas novas mídias comunicacionais.

Andréa Patrícia, estudante e uma das idealizadoras da campanha, conta que a ideia surgiu na disciplina de Comunicação Organizacional, ministrada pela professora Eulália Teixeira. "Tínhamos que produzir um trabalho, que era a criação de uma empresa. A partir disso, criamos o projeto de divulgar nas redes sociais. A campanha apresenta alguns dos comentários de ódio que são propagados nas redes sociais e pontua como são prejudiciais quando estão atrelados a preconceitos, desrespeito ao outro e, principalmente, desrespeito à diversidade", explica a estudante.

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Andréa Patrícia, estudante de Comunicação Social e uma das idealizadoras da campanha

Com o intuito de discutir temáticas ligadas à homofobia, misoginia, racismo, intolerância religiosa e xenofobia, os oitos estudantes idealizaram e produziram a campanha ‘#DigiteRespeito’, que incentiva a empatia nas redes sociais. "É importante falar sobre a violência dentro das redes sociais. A gente pensou numa hasthag que englobaria tudo isso, que é a #DigiteRespeito, criada por nós, porque não fica restrito ao comentar, você pode compartilhar e curtir. E na campanha a gente fala: se tudo que você tem a dizer for ódio, não digite, não comente, não compartilhe," explica a estudante e participante da campanha, Mariana Silva.

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Mariana Silva, uma das idealizadoras e estudante de Comunicação Social

Numa via de mão dupla, a hasthag #DigiteRespetio", utilizada pelos estudantes, também serviu como um meio para que as pessoas dessem seus depoimentos e falassem sobre a importância de ter responsabilidade com o que se diz na internet. "Nós conseguimos que algumas páginas grandes compartilhassem nossa campanha. Muitas pessoas comentaram nos vídeos. Na nossa página, uma pessoa que mora em São Paulo comentou que percebeu que lá tem essa questão do preconceito pelo fato de ela ser do nordeste," ressalta a estudante Patrícia.

Mariana também destaca a importância dessa troca e da preocupação com o outro. "Essa campanha é importante porque a gente vê os depoimentos das pessoas que de certa forma não tinham voz. Agora elas falam: eu sofria bullying e preconceitos, por exemplo. E, com isso, a gente também vai dando feedback para elas."

Andréa Patrícia conta que um dos principais objetivos da campanha é despertar a consciência humanizada nos usuários dessas redes sociais. "O principal ponto, também, é mostrar às pessoas que estão por trás das telas que elas não podem falar ou digitar o que querem. O propósito é mostrar que não é porque acontece no virtual que vai ser menos doloroso para o outro. Na verdade, tem o mesmo valor ou pode ser até pior", destaca.

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Patrícia e Mariana em reunião na Coordenadoria de Comunicação da UFPI

O projeto terá continuidade, agora a equipe também pensa em que formato vai dar à campanha na sequência. "Estamos planejando a próxima campanha e também é uma própria propagação nessa época de eleição, porque a gente sabe que tem muitos comentários preconceituosos na internet. Nessa época de copa, tem muito desrespeito e a gente quer propagar a campanha "DigiteRespeito" e depois pensar numa nova campanha", esclarece Patrícia.

Com a dedicação dos alunos Sérgio Tomaz, Walter Júnior, Herbet Carvalho, Mariana Silva, Wellington Bandeira, Lucas Albano, Andréa Patrícia e Ribamar Mouzinho, foram produzidos seis vídeos sobre o tema, sendo os cinco primeiros com comentários específicos sobre a homofobia, desrespeito à mulher, racismo, xenofobia e desrespeito à liberdade religiosa. O vídeo final aborda a temática de uma forma ampla. Ressalta-se que em todos os vídeos a mensagem propagada é: “Não é porque você está atrás de uma tela, que vai ser menos doloroso. #DigiteRespeito”.

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Da esquerda para a direita: Sérgio Tomaz, Walter Júnior, Herbet Carvalho, Mariana Silva, Wellington Bandeira, Lucas Albano, Andréa Patrícia e Ribamar Mouzinho

A partir de um ofício da Universidade Federal do Piauí (UFPI) foi estabelecida parceria com a TV Assembleia (16.1), que manifestou seu apoio disponibilizando o estúdio para a gravação dos vídeos e também veiculando os conteúdos durante a programação.

Confira os vídeos no instagram aqui.

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